quarta-feira, 9 de outubro de 2013

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A única saída para os produtores de caju enfrentarem a seca
Não é uma saída fácil mas a única alternativa para os produtores de caju do Nordeste enfrentarem o período de estiagem é instalarem  sistemas de irrigação por gotejamento nas fazendas. A conclusão  é dos estudos desenvolvidos pelos pesquisadores  da Embrapa. Segundo o pesquisador José Lopes Ribeiro ou os produtores fazem isso ou vão continuar amargando grandes prejuízos em consequência da seca. José Lopes é da Embrapa Meio-Norte, e é responsável pelos estudos da cajucultura no Piauí.

Há duas perguntas a serem respondidas: a primeira é de onde virá a água para a irrigação, e a segundo, por que o sistema de irrigação por gotejamento é o indicado? O pesquisador responde: “Ele é o mais apropriado para uma região seca como a do nordeste, porque economiza muita água. Outro fator que reforça o uso do gotejamento é porque o cajueiro, na época da produção, não suporta a irrigação por aspersão, devido o maior volume de água no pedúnculo, que danifica o caju”.

Respondendo a segunda pergunta, constata-se que como parte da infraestrutura, a maioria das propriedades agrícolas tem um poço cacimbão ou tubular. Portanto, os agricultores não têm, em tese, dificuldades para instalar um sistema de irrigação por gotejamento. “Faltando água por uma semana, o agricultor, imediatamente, deve acionar o sistema de irrigação, num processo que  chamamos de irrigação de salvação”, orienta o pesquisador.

Nos estados do Ceará e Piauí, os maiores produtores de caju do País, a situação é difícil com a seca e o setor tende a encolher ainda mais. Na região do município de Picos, no sudeste do Piauí, cerca de 400 quilômetros de Teresina, os produtores estão assustados. Lá, os cajueirais com idade acima de 20 anos estão morrendo e os prejuízos aumentam.
da redação do Nordeste Rural

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