segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

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Famílias do sertão do RN enfrentam filas de até 8 horas para pegar água
Moradores de Pilões recorrem a caixas comunitárias 
para conseguir água (Foto: Anderson Barbosa/G1)
A agricultora Oldaleia Eleci de Aquino, de 34 anos, sai de casa às 3h30 da madrugada, pega um carrinho de mão e vai até a cisterna pública mais próxima da casa dela, abastecida de água por caminhões-pipa. Por volta do meio-dia, Oldaleia, o marido e o sogro ainda esperam na fila pela vez de encher seus latões, voltar para casa, colocar a água em reservatórios e, no dia seguinte, fazer tudo novamente. Segundo Oldaleia, essa rotina se repete diariamente há mais de um ano. Ela mora em Pilões, uma das nove cidades do Rio Grande do Norte que enfrentam colapso no abastecimento de água.

Dona Oldaleia, de 34 anos, diz que atravessa o pior
momento da vida (Foto: Anderson Barbosa/G1)

A vida no sertão é sofrida, mas a seca que começou ano passado e segue até hoje é a pior que já vi. Perdi todo o milho e o feijão que plantei. Oldaleia Eleci de Aquino, agricultora

Acaba ficando pesado comprar água para quem ganha pouco e não tem condições de plantar e colher nada com essa seca. O que nos resta é esperar pela chuva e que o açude da cidade volte a encher"
Oldaleia Eleci de Aquino, agricultora

O estado enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos, com estiagem que já dura mais de um ano em diversos municípios, segundo avaliação do governo local. A falta de água mudou a rotina de milhares de famílias carentes do sertão, que são obrigadas a gastar boa parte do dinheiro que recebem de programas sociais para poder beber, cozinhar e tomar banho.

Do G1 RN

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