segunda-feira, 23 de setembro de 2013

MEU SERTÃO NORDESTINO

 
A meu padim padre Ciço
Peço o dom da inspiração
Para que eu possa falar
Do povo do meu sertão
Que não precisa de esmola
E muito menos de argola
Em época de eleição

Um dia quando o sertanejo
Tirar da terra o sustento
Poderemos então ser livres
Do político saguinolento
Que só lembra do nordeste
E do famoso cabra da peste
Na eleição que é seu intento

O agricultor é um mendigo
Que vive nessa terra a penar
Poço, barreiro, e cacimbão
O governo diz que vai chegar
E nós aqui só esperando
Como um pedinte mendigando
já acostumado a esperar

O agricultor nordestino
Da terra tem o saber
Plantar é uma ciência
Dela é tirada o sobreviver
Cultivado da terra o pão
Milho, arroz e feijão
Posto na mesa é o comer

Precisamos de incentivos
Dos órgãos governamentais
Maiores recursos hídricos
Ações fundamentais
Mais vivemos na hipocrisia
Usados como mercadoria
Em pleitos eleitorais

Não devemos esquecer
Nosso passado de glória
Sertanejo sempre foi
Detentor de uma história
Onde o meu avô ja dizia
"Não se curve a burguesia
Não der a mão a palmatória"

Hoje vejo que é verdade
As palavras de meu avô João
Não devemos nos curvar
A políticos dessa nação
Seu exemplo irei seguir
Nunca na vida vou permitir
Afrontas ao grande Jatão
Sou nordestino arrochado
Danço forró e xaxado
Nas quebradas do sertão

Os últimos serão os primeiros
Tá escrito nesse cordel
Pelo meu sertão eu brigo
Na peixeira ou no papel
Coselheiro fazia mensão
"Já é tempo de redenção
Dessa vida tão cruel"
Cara feia pra mim é fome
Jatão é o meu nome
Cadeia pra mim é hotel

Texto: Jatão Vaqueiro

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