sexta-feira, 10 de maio de 2013

CHUVA NO SERTÃO

Chuva no sertão rega a raiz da esperança

Escuto o pingo primeiro
Bater na telha acanhado
Depois vem outro bocado
Fazer do teto pandeiro
Os pingos engrossam ligeiro
Escorrendo na telha em dança
Biqueira d’água não cansa
É bonito o "tum" do trovão
"Essa noite chove no sertão
Regando a raiz da esperança"


De repente me desanimo
Ao baixar o som no telhado
Ficando de novo animado
Com outro aumento repentino
Mais chuva eu ouço caindo
Me alegro feito criança
Água do céu é fiança
Quando seca é a prisão
"Essa noite chove no sertão
Regando a raiz da esperança"


A garoa fina e constante
É boa pra toda lavoura
De fava, milho a cenoura
Braquiária ou capim elefante
Se tem água o sertão é gigante
O roçado flora de fartança
O gado tem onde encher a pança
É canjica e pamonha no São João!
"Essa noite chove no sertão
Regando a raiz da esperança"
 
A A A Jefferson Desouza CORDEL

Nenhum comentário:

Postar um comentário