quinta-feira, 23 de maio de 2013

VAQUEJADA

Milhões em jogo: dentro e fora das pistas

 
O vaqueiro, o batedor de esteira, o dono do haras, o dono do evento, o dono do boi, o locutor, o fiscal de pista, o ambulante, o artista. São inúmeros os profissionais que orbitam em torno dos R$ 50 milhões que as vaquejadas movimentam por ano no Brasil
 Nos fins de semana, o destino é incerto: O vaqueiro corre vaquejadas por todo o país com premiações valiosas, ele vai como funcionário de algum Haras. Na rotina improvisada das competições, o caminhão que o transporta ganha moldes de casa, dividida com o motorista e o tratador que o acompanham. Dormem em beliche, dentro do caminhão que ainda contém fogão, frigobar, onde também costuma preparar suas refeições. Banheiro só o do parque. Percebemos que a maioria dos vaqueiros prefere ficar repousando no caminhões entre uma dispusta e outra.
Cerca de 70% do público vai às vaquejadas por conta dos shows. Três meses antes da vaquejada, pesquisa-se as tendências musicais e entra em contato com as bandas populares entre o público das vaquejadas e a vaquerama.
Fora dos palcos e das pistas, a noite é marcada por duelos musicais entre potentes equipamentos de som instalados nos carros dos frequentadores.
Quando o sol adormece no horizonte do domingo, dia de encerramento de toda vaquejada, é chegada a hora de desarmar acampamento. Quem reside por perto dá um jeito de passar em casa antes de cair na estrada novamente. Nem todos registram um saldo positivo. Logo vem outra vaquejada, e mais outra, e mais outra
Empresários do setor buscam o reconhecimento da atividade como esporte e incentivo por parte do governo. “O esporte é o segundo em movimentação financeira e pública do Nordeste. Só perde para o futebol”, defende Rodrigo Hudson, presidente da Associação de Vaqueiros Amadores de Pernambuco, fundada em 2012.

Lenne Ferreira (texto) / Bernardo Dantas e Alcione Ferreira (fotos)

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