quinta-feira, 30 de maio de 2013

O MEU SERTÃO NORDESTINO.

Só deixo meu cariri,
Diz o caboclo do sertão,
Somente se não cair,
Nem uma gota no chão,
Pois é aqui nessa terra,
Que o meu bezerro berra,
Encostado no mourão.

Enquanto minha vaquinha,
Conseguir ficar de pé,
Vou levando minha vida,
Do jeito que a vida der,
Não mudo de meu torrão,
Pois foi aqui nesse chão,
Que Deus concedeu-me a fé.

Cá vejo o mandacaru,
Na seca todo florado,
Isso é sinal que o inverno,
Está bem encaminhado,
Ai sim teremos a fartura,
E lá se vai a vida dura,
Está todo mundo aliviado.

Quem sai da terra natal,
Canta assim o nordestino,
Em outro canto não pára,
São caprichos do destino,
O sertanejo camarada,
Quando bate em retirada,
Pranteia feito um menino.

Que Deus do céu me ajude,
Diz-se assim na canção,
É cantada pelos caboclos,
Os moradores do sertão,
Ressoando como uma prece,
Dos caboclos do nordeste,
Que semeia a plantação.

O caboclo nordestino,
Fica a sorri de contente,
Quando ver a asa branca,
Voltando aqui novamente,
Assim chora de emoção,
Quando ver correr no chão,
Abundante águas torrentes.


Cosme B Araujo.

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