sexta-feira, 1 de março de 2013

SOU VAQUEIRO DO SERTÃO

Sou cria do Nordeste
No sertão fui criado
Gosto de vaquejada
Corro atrás do gado
Vestido em gibão de couro
Pego e amarro touro
Dentro do mato fechado

Ao meu padim pade ciço
Peço luz da inspiração
Pra falar das coisa boa
Que tem no meu torrão
Cantoria, forró e cavalgada
Corrida de agorinha e vaquejada
É cultura do meu sertão

Cavalo puro e ligeiro
Chapéu de couro e gibão
Chicote, bota e perneira
Espora, e luva de mão
Tudo isso usa o vaqueiro
Correndo no taboleiro
Atrás de boi barbatão

Na porteira sou o primeiro
Em festa de apartação
Do curral olho pra pista
E sinto aperto no coração
Esperando o boi sair
Pra eu poder partir
Montado em meu alasão

Escuto o som da difusora
Avisando a vez de Jatão
No meu cavalo montado
Vou pra porteira do mourão
Eu e o bate-esteira
Saimos na carreira
E bolamos o boi no chão 

O juiz muito depressa
Grita "VALEU O BOI"
E eu olho pra trás
Pra ver a queda como foi
Vejo o esteira conferindo
O touro quase saindo
Dou um grito "SEGURA O BOI"

A negada toda grita
De cima do caminhão
"PADIM VALEU O BOI
OU QUEDA BEM DADA JATÃO"
E eu saio todo inchado
Parece um vaqueiro afamado
Das festas de apartação

Vou então para uma barraca
Toma uma com limão
Tirar o gosto com tocim
Ou com caldo de chambão
Esperando pelo forró
Onde eu vou arrochar o nó
Com as caboclas no salão 

No meu sertão tem de tudo
Reizado, novena e farinhada
Mais do que eu gosto mesmo
É de cantoria e vaquejada
Meu fraco é cavalo e gado
Forró, baião e xaxado
E uma cabocla perfumada

E assim é a vida
Deste locutor vaqueiro
Que adora a vida no campo
Correndo boi no taboleiro
No meu cavalo Zangão
Pego boi e boto no chão
Depressa e certeiro
Gosto dessa vida
E assim é a lida
Deste que vos fala Jatão

                    Texto: Jatão Vaqueiro   

Um comentário:

  1. Meu amigo preciso q me ajude a divlugar esta matéia. A vida do tamanduá depende de nós.
    http://www.gardeniaoliveira.blogspot.com.br/2013/03/serrinha-dos-pintosrn-tamandua-e.html
    Um abraço.

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