Padim peço sua permissão
Pra falar nesse momento
De um burro diferente
Que tem Thiago Bento
Um animal bem arreado
Com correntes enfeitado
Fica bonito o elemento
Chamado de burro caboclo
Chamado de burro caboclo
Parece até o de Zé Garcia
Um cigano velho de antigamente
Que tinha um como montaria
E o bicho era enfeitado
Bonito, forte e azôgado
Dava coice até na ventânia
Já caboclo é diferente
Já caboclo é diferente
Manso como um cordeiro
Bom de carroça e cultivador
Na sela é muito ligeiro
Gosta mesmo é de galopar
Qualquer criança pode montar
E correr no tabuleiro
Se faltar o boi da roça
Se faltar o boi da roça
O burro caboclo chega lá
Puxa o cultivador com força
Não tem medo de trabalhar
Ajuda na hora da plantação
De milho, arroz e feijão
Você pode acreditar
Na hora de carregar capim
Na hora de carregar capim
Botam o caboclo na carroça
Com um doido trepado em cima
Da capineira até a palhoça
Carregando a ração do gado
Ele fica todo suado
Sem precisar de nenhuma coça
Mais bonito ele fica mesmo
Mais bonito ele fica mesmo
É quando vai a cavalgada
Thiago bota enfeito de todo tipo
É grande a misturada
Parece o burro de Zé Garcia
E fazia tempo que eu não via
Um burro andando nessa disparada
E como se faltasse alguma coisa
E como se faltasse alguma coisa
Thiago Bento pra completar
Gosta de tocar berrante
Quando vai participar
Nas cavalgadas do sertão
Tá ele com o berrante na mão
Para a festa abrilhantar
Vou encerrando por aqui
Vou encerrando por aqui
Deixando minha opinião
Cavalgada ainda é
Tradição no meu sertão
E o burro caboclo brilha
Seja qual for a trilha
Aqui em nosso torrão
Sempre muito enfeitado
O povo fica admirado
O burro caboclo é atração
Texto: Jatão Vaqueiro
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