SEUS SANTOS NÃO ESCUTAM
Quando a seca nordestina
Vira morte no sertão,
Quase tudo ela domina
Restando somente o chão.
Por mais que o sertanejo
Sempre de enxada na mão
Batalha o dia inteiro,
Nada que plante, dá não.
Não tem uma gota de água
A não ser de carro pipa
E comprando mesmo cara,
Por tudo se sacrifica.
De fome morre seu gado,
Não tem mais o que comer,
Sem chuva seca até o cacto
E como sobreviver?
Não têm mais leite, as vaquinhas,
A terra já não dá mais nada,
Nem mesmo a Salve Rainha
Vira morte no sertão,
Quase tudo ela domina
Restando somente o chão.
Por mais que o sertanejo
Sempre de enxada na mão
Batalha o dia inteiro,
Nada que plante, dá não.
Não tem uma gota de água
A não ser de carro pipa
E comprando mesmo cara,
Por tudo se sacrifica.
De fome morre seu gado,
Não tem mais o que comer,
Sem chuva seca até o cacto
E como sobreviver?
Não têm mais leite, as vaquinhas,
A terra já não dá mais nada,
Nem mesmo a Salve Rainha
Alivia-lhes a jornada.
Por mais que reza se faça,
Os santos já não escutam
Se sentem jogados às traças,
Não têm a quem pedir ajuda.
Esperam no mês de março
Que o querido São José
Acolham-lhes num abraço,
Para que não percam a fé.
É ela que ainda resiste
Na vida do sertanejo
Que acreditando ainda insiste,
Nas orações, nos apelos.
São bravos os nordestinos,
Regam a terra com o suor,
Percorrem qualquer caminho
Lutando pelo melhor.
Nunca desistem da luta
Vai vivendo de esperança;
Quem sabe dessa labuta
Ainda colham bonança.
Os santos já não escutam
Se sentem jogados às traças,
Não têm a quem pedir ajuda.
Esperam no mês de março
Que o querido São José
Acolham-lhes num abraço,
Para que não percam a fé.
É ela que ainda resiste
Na vida do sertanejo
Que acreditando ainda insiste,
Nas orações, nos apelos.
São bravos os nordestinos,
Regam a terra com o suor,
Percorrem qualquer caminho
Lutando pelo melhor.
Nunca desistem da luta
Vai vivendo de esperança;
Quem sabe dessa labuta
Ainda colham bonança.
Isabelle Mara
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