Seca impacta o comércio dos pequenos municípios do RN
Seca que começou em 2012 continua prejudicando os agricultores.
Muitos não tem como pagar as dívidas e acabam com o nome sujo.
A renda de algumas famílias se limitam hoje apenas aos R$ 130 mensais que recebem do Bolsa Família.
Na comunidade Olho D'água do Velho, a seca deixou a maior parte dos moradores com o nome sujo na praça. As dívidas da maioria são de empréstimos feitos para tentar manter a plantação e principalmente o rebanho. Muitos pegaram dinheiro para comprar ração, esperando que a situação melhorasse com as chuvas que ainda não caíram de forma significativa.
Se falta chuva no campo, falta dinheiro para os agricultores pagarem o que devem nos mercadinhos das comunidades.
No caderno do comerciantes nordestinos, os nomes e as contas dos clientes estão por todos os lados. Eles também sentem os prejuízos da seca.
Para sobreviver à seca, os agricultores recorrem aos programas emergenciais do governo, mas de acordo com o presidente do sindicato que representa os agricultores de Mossoró, Francisco Gomes, esses recursos não estão sendo suficientes.
Com o dinheiro limitado para alimentar com farelo de milho os rebanhos, muitos misturam a ração com a macambira, uma planta nativa da caatinga. A estratégia é para evitar mais endividamento nos armazéns.
A situação em todo o Nordeste é muito complicada. A previsão dos meteorologistas é que as chuvas continuarão bem abaixo da média até junho, época em que normalmente elas param de cair na região.
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