Peço a padim ciço
Santo do Juazeiro
Que me ajude agora
A falar do umbuzeiro
Planta do meu sertão
De umbú verde e grandão
Das quebradas do tabuleiro
No meu nordeste tem
Essa fruta a vontade
Gostosa mais azedinha
Aqui falo a verdade
"Umbú ser tão azedo"
Não sei qual o segredo
Mais chupo com vontade
Moro no sítio trapiar
Lá tem umbú grandão
Verde ou amarelo
Você chupa de montão
Eu não sei qual o porque
Que faz isso acontecer
"O umbú ser tão grandão"
Passo o dia chupando
Em baixo do umbuzeiro
Tonha ali mais eu
Só sai por derradeiro
"Umbú ser tão bom assim"
Nunca vi meu padim
No meio do tabuleiro
Logo a primeira vez
Foi uma decepção
Quando chupei o umbú
Era azedo que nem o cão
"Umbú ser tão azedinho"
Deve ser um segredinho
Da caatinga do sertão
Eu nunca vi assim
"Umbú ser tão procurado"
Eu pelo menos chupo
Quando no mato encontrado
Eu gosto até demais
E pra mim tanto faz
Sendo verde ou amarelado
Falei hoje um pouco
Do umbuzeiro do nordeste
Planta que alimenta
O famoso cabra da peste
"Umbú ser tão bom assim"
É bom chupando até o fim
Espero que não me conteste
Um abraço negada
Obrigado pela atenção
"Umbú ser tão falado"
Pelo locutor Jatão
É para homenagear
Essa planta que aqui há
No interior do sertão
Texto: Jatão Vaqueiro
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