Quanto vale sua melhor roupa dentro de um
caixão? Pense nisso e lembrem-se dos mais carentes que só queriam ter o
pão de cada dia.
Quero hoje falar
Dos bens materiais
Com ajuda de Padim Ciço
E outros santos regionais
Como Frade Frei Damião
Que rezou muito no sertão
Em nossas catedrais
Por isso fiquem atentos
Curiosos e sedentos
Ouvindo palavras especiais
Sua roupa não vale nada
Depois de sua morte
Em sua última viagem
Não se usa nem passaporte
Pois a sua condução
É feita num caixão
De madeira firme e forte
Carregado pelo povo
Velho, adulto ou novo
Se você tiver sorte
Não adore seu carro novo
Ou mesmo seu casarão
Sua roupa bem transada
Ou sua boa televisão
Pois em nossa sociedade
Tem gente de verdade
Passando precisão
E você ai esnobando
Rico todo se achando
Enquanto uns só querem o pão
Devemos nos unir
Em prol da comunidade
Pelos mais humildes
Carentes de nossa cidade
Que vivem na pobreza
Longe de qualquer nobreza
Gente sem vaidade
Mais ricos em alegria
Bondade, paz e energia
E muita sinceridade
Levo a você essa mensagem
Por mim feita a criação
Mostrando para todos
E pedindo a sua atenção
Pelo pobre mais carente
Que da sociedade ta ausente
Por uma tal de exclusão
Ficando desamparado
Sendo até considerado
Criminoso ou ladrão
Não tenho medo de falar
Ao povo brasileiro
Muita gente descrimina
O pobre sem dinheiro
Mais é bom Lembrar
Quando morre o mesmo lugar
Do pobre é o do engenheiro
Tanto faz ser um barão
Como pobre sem um tostão
Buraco é seu destino derradeiro
Texto: Jatão Vaqueiro
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