segunda-feira, 26 de maio de 2014

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Mulheres do campo lutam para derrubar barreiras e preconceitos
As mulheres obtiveram direitos e avanços no busca por oportunidades iguais ao longo dos anos, mas há barreiras mais difíceis de derrubar no campo do que nas cidades. Em razão de a zona rural ser tradicionalista, suas moradoras lutam contra preconceitos manifestados de maneira mais explícita do que nos grandes centros. Conquistar espaços longe do lar, dos filhos e das tarefas domésticas nem sempre é tranquilo para elas. Apesar disso, camponesas tentam vencer a resistência ao seu envolvimento na esfera pública, engajando-se em cooperativas, redes de produção e movimentos sociais. Algumas até ocupam postos de liderança, na maioria das vezes monopolizados pelos homens.

Elisabeth Maria Cardoso, coordenadora do grupo de trabalho para mulheres da organização não governamental Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), ressalta que nas áreas rurais existe divisão do trabalho entre homens e mulheres semelhante à encontrada nos centros urbanos, mas o vínculo das mulheres com o local de residência é mais arraigado. “Por mais que haja uma divisão sexual das tarefas também nas cidades, se os dois trabalham fora há um momento em que ela tem o espaço dela. No campo, a agricultura, que é a atividade produtiva, se confunde com a doméstica. E a mulher não é reconhecida pelo trabalho produtivo, é como se não fizesse nada”, diz.
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