terça-feira, 16 de agosto de 2011

Marcha das Margaridas deve reunir 100 mil em Brasília 

–- Margarida Maria Alves morreu aos 50 anos. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande – terra natal de Jackson do Pandeiro –, na Paraíba, estava diante de sua casa no final da tarde de 12 de agosto de 1983 quando um pistoleiro em um Opala vermelho disparou um tiro de escopeta que atingiu seu rosto. O crime teve repercussão internacional, mas, como tantos outros, ficou impune. É para lembrar da ativista e da morosidade da Justiça para apurar os responsáveis por sua morte que foi criada a Marcha das Margaridas, este ano na quarta edição. A expectativa é de que 100 mil pessoas participem da manifestação, nos próximos dias 15 e 16, em Brasília. A presidenta Dilma Rousseff encontrará as mulheres no dia 17, logo após a saída da marcha, prevista para as 7h. Elas seguirão da Cidade das Margaridas, no Parque da Cidade, rumo à Esplanada dos Ministérios.

 
Margarida Maria Alves

--Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), responsável pela marcha, será a maior mobilização de mulheres na América Latina neste ano. O evento é organizado pelo Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (composto pela própria Contag, 27 federações e mais de 4 mil sindicatos), em parceria com 11 organizações nacionais e internacionais. Ainda para lembrar o assassinato de Margarida, 12 de agosto ficou conhecido como

Dia Nacional de Luta contra a Violência no Campo. 

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