quinta-feira, 4 de agosto de 2011

CORDEL DO NILDO CORDEL - TANGÊNCIA


Não sei de onde eu venho
Muito menos pra onde vou
Sei apenas que existo
Duvido do que eu sou
Mas não posso ignorar 
Àquele que me criou.

Sou obra de um soberano
Sou membro da natureza
Sou filho de divindade
Por isso tenho grandeza
Sou ator do dia-a-dia
No palco da sutileza.

Não reclamo da má sorte
Agradeço as aventuras
Fico triste se por vezes
Sou vitima de desventuras
Não falo mal dos impuros
Porque não tenho mãos puras.

Canto o canto do vento
Danço com o dessabor
Faço dupla com o tempo
Contemporizo o amor
E para me perfumar
Uso o perfume da flor

Não sou mais do que o pó
Que levanta levemente
Sou a barreira que separa
O imoral do decente
Não sou mais do que ninguém
Sou um homem, simplesmente.
Fonte: nildocordel.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário