Minhas verdades Por Pedro Monteiro* |
|
---|
Estes meus singelos versos
Têm a função de dizer
Desaforo de protesto
Mas sem nada a temer
É certo que a verdade
Sempre vai prevalecer.
Se eu calar minha voz
Quando é preciso gritar
De ver tanta injustiça
Neste mundo triunfar;
Fico qual um passarinho
Que não consegue voar.
Ah! Se eu pudesse valer
O pensamento fecundo
Usaria dessa astúcia
E sem perder um segundo
Dava um fim à ganância
Semeando paz no mundo.
De tanto ver prosperar
A má e horrenda guerra,
Gente ganhando dinheiro
Na destruição da terra
É nessa lei do mais forte
Que o mais fraco se ferra
O pobre caminha a pé
Em busca d’uma porção
No entanto o rico vai
De Ferrari ou de Avião
E sua riqueza cresce
Como fermento no pão.
Por uma justa equação
Vou lutar sem desistir
Quero refazer a conta
Nesta forma de agir:
Rico tem belo futuro
O pobre um mau porvir.
E para não explodir
É preciso me conter
Para não extrapolar
Os limites do meu ser
Confesso! É doloroso
Mas não vou desvanecer.
Vou terminar estes versos
Depois deste parecer:
Quem fizer a coisa certa
Não vai se arrepender
A bondade e a verdade
Sempre vão prevalecer.
*Piauiense e escrivinhador de poesias.
|
da redação do Nordeste Rural |
Nenhum comentário:
Postar um comentário