Seca no sertão do RN faz nordestino alimentar animais com pedras de sal
Há
nove meses não chove em boa parte do interior do Rio Grande do Norte.
Para o governo, esta é a pior estiagem dos últimos 30 anos no estado. E
neste mês de outubro, a situação é ainda mais crítica. Segundo os
meteorologistas, outubro é o mês mais quente do ano. Na tentativa de
salvar os animais, o sertanejo vem adotando medidas extremas. Em
Pendências, município do Oeste potiguar, pedras de sal e farelo de milho
misturado em baldes d’água são as únicas fontes de alimento para as
criações.
Como o farelo não é suficiente para todo o rebanho, o jeito é
misturar a raspa de milho – o pouco que sobrou da plantação do ano
passado – com água. Isso faz a ração render um pouco mais. Para forçar
os animais a se alimentarem do caldo, as pedras de sal se tornam a
solução. Eles lambem as pedras e ficam com mais sede. E, em busca
d’água, o caldo de farelo acaba se tornando a salvação.
De acordo com o superintendente da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) no Rio Grande do Norte, João Lúcio da Silva, até a
próxima quarta-feira (17/10) o estado deve receber 25 mil toneladas de
milho.
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