Pense como eu tenho raiva padim...
Pense como eu tenho raiva
De bebo que aperta mão
De casa que tem
goteira
Da água que acaba no
banho
De loteria quando não
ganho
E desse tal de
apagão
É uma raiva medonha
Que acelera o
coração
Passo toda madrugada
Bolando pelo coxão
Depois de jantar
paçoca
Ferroado
por muriçoca
Tenho abuso de
apagão
Tenho raiva também
Tenho raiva também
Quando acaba o botijão
Na hora que a
minha esposa
Bota água no
feijão
Dizendo: acabou-se
o gás
Mas o que me abusa
mais
É o bendito do apagão
Eu tenho muita raiva
Quando perco algum
tostão
De ter dor
de barriga
No meio da
multidão
Mas, fico mais
invocado
Quando a noite,
estou deitado
E vem aquele apagão
Ficando tudo no escuro
Aumenta a minha
pressão
Menino chora com
medo
Que apareça o bicho
papão
O calor chega
também
Das coisas ruins
que tem
Tenho ódio do
apagão
Eu vou logo na despensa
Atrás de um lampião
Pra clarear o barraco
Com medo de assombração
Pois sei que não vou dormir
Porque não vou conseguir
Com essa peste do apagão
E isso meu camarada
Já faz tempo aqui no sertão
A energia é muito ruim
E sempre nos deixa na mão
Mais nós aguenta calado
Sem nunca ter reclamado
Dos momentos de apagão
Agora a conta de lúz
Todo mês vem cidadão
E num pague não
Pra cortarem a instalação
E eu fico indignado
Com esse poder danado
De quem só nos trás apagão
Eu vou logo na despensa
Atrás de um lampião
Pra clarear o barraco
Com medo de assombração
Pois sei que não vou dormir
Porque não vou conseguir
Com essa peste do apagão
E isso meu camarada
Já faz tempo aqui no sertão
A energia é muito ruim
E sempre nos deixa na mão
Mais nós aguenta calado
Sem nunca ter reclamado
Dos momentos de apagão
Agora a conta de lúz
Todo mês vem cidadão
E num pague não
Pra cortarem a instalação
E eu fico indignado
Com esse poder danado
De quem só nos trás apagão
Texto: Lalauzinho de Lalau
Complemento: Jatão Vaqueiro
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