Ao Divino Pai Eterno
Peço agora inspiração
Pra falar da grande seca
Que castiga meu torrão
Grande é tua bondade
E com naturalidade
Seguirei meu coração
Tudo se torna um tormento
Se não chove no sertão
Secam açudes e riachos
Fazendo rachar esse chão
A lavoura não floresce
E o nordestino padece
Por falta de água e pão
Se não chove no sertão
Secam açudes e riachos
Fazendo rachar esse chão
A lavoura não floresce
E o nordestino padece
Por falta de água e pão
É triste vê uma criança
Comendo mandacaru
Quando perde a esperança
O pai foge como nambu
O pai foge como nambu
Vai embora desse chão
Em busca de solução
Em busca de solução
Nas terras lá do sul
A fome se manifesta
Por falta de chão molhado
Não tem milho pra galinha
Nem pasto verde pro gado
Os sertanejos padecem
E às vezes até falecem
De tanto ser flagelado
Por falta de chão molhado
Não tem milho pra galinha
Nem pasto verde pro gado
Os sertanejos padecem
E às vezes até falecem
De tanto ser flagelado
Vê-se uma mãe que chora
Com seu filhinho no braço
Com seu filhinho no braço
Sem nada que lhe consola
Sente o maior fracasso
Se sentindo abandonada
Sente o maior fracasso
Se sentindo abandonada
Triste e envergonhada
Pede ao pai da criação
"Oh! Jesus faça defesa
Chora toda natureza
Quando é seco meu sertão"
Pede ao pai da criação
"Oh! Jesus faça defesa
Chora toda natureza
Quando é seco meu sertão"
O sertanejo é um forte
Resistente à seca cruel
Resistente à seca cruel
A chuva que lhe conforte
Ele pede ao Pai do céu
E cobra as autoridades
Ele pede ao Pai do céu
E cobra as autoridades
Políticos das cidades
Recursos para população
Sem discurso e safadeza
Sem discurso e safadeza
Porque chora a natureza
Quando é seco no sertão
Quando é seco no sertão
Se fala em Umarizal
Numa tal de conab
Na política era a tal
Hoje isso ninguém sabe
Se tem milho para o gado
Ou se era só agrado
Na época de eleição
E continua a tristeza
Chorando a natureza
Quando é seco no sertão
Texto: Jatão Vaqueiro
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