segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Asas de Umarizal

Cidade Erguida no solo potiguar, filha do Brasil, específica por sua gente, sua historia, seus carismas. Gavião de asas sertanejas, plantas ribeirinhas e rio de suas trincheiras, é o berço de seu nome. 

De Martins foi desmembrada, a serra de onde você desceu, é minha querida terra natal, porém no teu coração fui adotado. 

Cidade de Nordestinos, heróis que fazem historia entre os massapés e os torrões, angicos e Juazeiros, nas estradas carroçal a poeira do verão no inverno faz a lama. 

Seus açudes temporários, alguns permanentes, fonte para saciar o gado, criar pastos, lar de peixes; uma relação entre campo e cidade, bela princesa ás vezes esquecida entre as juremas da região oeste potiguar.0



Porque não olhar mais atento para sua formosura? Seu brilho ofuscado por alguns que de ti só extraem sua essência, podam seus galhos e não plantam mudas novas, este véu tem que sair para que de seus torrões brotem frutos. 


As mariposas voam ao redor da luz dos postes que iluminam as praças, as quadras e os bêbados. 
Assim a cidade anda, o gavião pousou, não voa mais, porém a esperança continua na luta de alguns governantes e de muitos governados, que almejam um voo alto. 


Mas aqui é um lugar de luar encantador, de pessoas acolhedoras, sonhadoras, de meninos de pés sujos da poeira que correm chutando a bola nos campos de areia, de mulheres belas, de umarizeiras, de novas histórias, de
nossas histórias. 

Do livro "Na Carruagem dos Meus Versos" de Francisco Lucenildo da Silva

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