terça-feira, 28 de junho de 2011

A SAGA DO SABUGO

A Revista Globo Rural do mês de outubro, publicou uma interessante crônica de Reinaldo Moraes intitulada, SABUGO SECO. No texto ele aborda discretamente uma das utilidades do sabugo.
A SAGA DO SABUGO

Dalinha Catunda

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Meu amigo quem acha,
Que o sabugo é vilão.
Nunca correu pro mato,
Bem cheio de precisão.
E após fazer o serviço
Com muito sacrifício
Lhe faltou papel a mão.
.
Um sabugo perdido,
No meio do milharal,
É a salvação da lavoura
E até que não pega mal.
Quem é que vai recusar,
De com ele se limpar
Se não há escolha afinal?
.
Não fiquem de boca aberta.
Nem pensem que é novidade.
Ele já foi muito apreciado,
Nos campos e na cidade.
Passou na bunda de gente
Que se dizia bem decente,
E de uma alta sociedade.
.
O sabugo meu camarada,
Já foi de grande valia.
Bunda de ricos e pobres,
Era ele quem acudia.
Mas o povo é bem cruel
Agora que existe papel,
O pobre sabugo repudia.
.
Nos tempos idos era tido,
Como a melhor solução.
Ele limpa, coça e penteia,
Propagava a população.
Que hoje o sabugo renega,
Mas já teve ele nas pregas,
Meu Deus! Que ingratidão.

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