Bom mesmo era o meu cavalo”
José Manoel de Oliveira, o “Zé Ribeiro”, 95 anos, é o decano dos vaqueiros da região. Apesar da ponte de safena e da “fraqueza” nas pernas, faz questão de comparecer a todas as festas de vaquejada. “O senhor quer saber? Nunca fui um bom vaqueiro. Bom mesmo era o meu cavalo. Quando ele percebia uma árvore mais alta pela frente, baixava a cabeça e me livrava do perigo”, conta. Viúvo, Zé Ribeiro diz que não fica sem dar suas voltinhas. “Nunca deixei de gostar de mulher. Afinal, não tô cego nem tô doido.” Seu José só lamenta a falta de conhecimento das coisas da caatinga pelas gerações mais novas. “Vaqueiro bom não passa fome no meio da caatinga. É só cortar uns pés de xique-xique, assar na brasa e comer com mel de abelha. A moçada de hoje não sabe fazer isso.”
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