sábado, 14 de julho de 2012

Vaquejadas iniciam circuitos para temporada do 2ª semestre em 2012



 









Nordeste. A seca chegou perto de esmorecer, mas a tradição fala mais forte. Isso se traduz em arquibancadas cheias, espírito esportivo combativo e animadas noites de forró. Será assim que a tradição do circuito de vaquejadas que está sendo aguardada com maior intensidade a partir deste mês e se estendendo por todo o segundo semestre.

As dificuldades que poderiam ofuscar a alegria desta tradicional festa não são maiores do que o espírito arraigado do povo do Interior, que faz da vaquejada uma junção das habilidades, valentia e capacidade de vencer as adversidades por meio do vaqueiro. Com a seca, o gado nordestino sofreu grandes perdas e a perspectiva é que muitos animais sejam importados dos Estados de Goiás e Maranhão, o que elevarão os custos.

No entanto, salienta que a vaquejada continuará a movimentar a economia de diversas cidades do Interior, quer pelo leilões de cavalos, pelos ingressos e pelas festas noturnas, que são animadas pelas bandas de forró, em apresentações que se prolongam pelas madrugadas.

A expectativa da Federação, que reúne 23 associações de vaqueiros, é que sejam realizados a partir de julho cerca de 30 vaquejadas, sendo que as mais famosas, movimentam dinheiro da ordem R$ 900 mil, incluindo os leilões de cavalos.

"Difícil não falar em grande movimentação de dinheiro, porque é um grande acontecimento nas cidades interioranas. Afinal, são pelo menos três dias de festa", afirma Jean. Na verdade, esse período chega até ser mais extenso. Em geral, os eventos coincidem com os ritos religiosos dos padroeiros. Fé e animação fazem uma junção que, nas palavras de Jean, renovam a tradição da vaquejada.

Além da empolgação, lembra que houve também uma sensibilização com a prática esportiva, que hoje já não mais admite maus-tratos com o gado. O bem-estar animal é uma obrigação que se replica de uma cidade a outra, não dependendo do porte do evento. Hoje, por exemplo, não são mais permitidos cortar o rabo do animal, que este ou mesmo o vaqueiro não caiam em lugar seguro (que deve ser bem forrado com areia de praia) e que tanto o cavalo quanto o boi estejam em dias com suas respectivas vacinas.


 













Investimento
Para o presidente da Federação de Vaquejadas do Brasil, Geraldo Estrela, a atividade está longe do desgaste e caminha cada vez mais para sua organização. Ele lembra que, graças aos investimentos em genética, os leilões de cavalos, que ocorrem durante as vaquejadas, já chegam a cifra de quase um R$ 1 milhão. "Isso aconteceu porque os produtores investiram na melhoria dos garanhões e os leilões são uma parte importante do que se vê nessas arenas esportivas", disse.

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