sexta-feira, 8 de novembro de 2013

CRIANÇA ABANDONADA





















Bendigo a meu Jesus
Louvo a Nossa Senhora
Pedindo nessa hora
Para minha cabeça luz
Pra falar da criançada
Que vive abandonada
Como Jesus foi na cruz

Falo do menino de rua
Que tem vida sofrida
Sem pão, sem guarida
Como teto só a lua
Vivendo nas calçadas
Ou em bueiros enfiadas
Sem ter morada sua

Sentindo frio ou calor
Tomando chuvarada
Comida: quase nada
Abandonado sem valor
Maltrapilho: quase nu
Não tem no bolso o tutu
Nem aconchego e amor

É triste mais é verdade
Não podemos ignorar
O povo só faz olhar
Essa horrível realidade
Uma criança ali jogada
No frio de uma calçada
Por viver na orfandade

Ninguém oferece cobertor
Nem uma comida quente
Achando que não é gente
E sim um menor infrator
Lembre-se meu camarada
Aquilo não é morada
Deixada por nosso Senhor

Não querendo ser infrator
A nessecidade lhes obriga
Ronca de fome a barriga
E não aguentando a dor
Começam a mendigar
Se for preciso vão roubar
Porque a fome obrigou

Quando na rua estiver
Estenda a sua mão
Ali está um irmão
Ajude-o, se puder
Só Papai do céu é perfeito
Ninguém nasce desse jeito
E está na rua porque quer

Falta em casa o pão
Ou pelo pai é maltratado
O menor abandonado
Sempre tem uma razão
Algum motivo existe
Por isso que é tão triste
O menino que é órfão

Se aproximando o natal
A tristeza vai chegando
Quem vive na rua morando
Se sente desigual
Peru: só ver por foto
Brinquedo: nem carro, nem moto
Isso já se tornol banal

Por isso a criança chora
Sentindo angustia e dor
Pela falta de amor
Que não tem onde mora
O bom velhinho não passa
E ela continua na praça
Vendo as renas irem embora

Texto: Jatão Vaqueiro

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