Um grupo de estudantes da UFRN foi fazer uma pesquisa no recanto mais
seco e desolado do Ceará, MUNGUNGUE, para descobrir como aquelas famílias
conseguem sobreviver naquela seca tremenda.
Chegando lá se hospedaram em casa de um sertanejo muito pobre.
Moravam 29 pessoas numa pequena tapera de cerca de 10 metros quadrados
de pura pobresa.
Começaram a observar os hábitos daquela família. Tudo anotavam. Nada
escapava dos olhares daqueles estudantes sedentos de descobertas.
Uma certa noite, reunidos no pequeno terreiro, céu pleno de estrelas,
uma maravilha só, conversavam quando uma palavra chamou a atenção de um
dos jovens; o chefe da família sempre se referia ao conteúdo escrotal
de testículos. O jovem estranhou essa palavra tão difícil ser
pronunciada naquela região afastada. Não contendo a curiosidade,
perguntou:
— Meu caro amigo, me admira muito o senhor, aqui nessa região sem
cultura, isolado do resto do mundo, onde falta comida, água, escola, as
crianças vivem se protegendo embaixo das árvores para o vento não
carregá-las, e o senhor fala tão difícil... que cultura!
O calejado agricultor respondeu:
--Oxente!! Cultura nada, meu rapaz. É previnição mesmo. Ocê já pensou, nesta
seca danada, nesta fome tremenda, se eu dissesse que isso aqui é ovo eu
já estava capado há muito tempo!
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