A CAATINGA PRESERVADA E O CATINGUEIRO FELIZ
Eu quero, e sei que Deus quer,
Que um povo que não se vinga
Defenda a nossa caatinga
Contra invasores quaisquer;
Que homem, criança e mulher
Sejam semente e raiz
De um Sertão que sempre quis
Ver a lei ser respeitada,
A caatinga preservada
E o catingueiro feliz!
Quero ver a presidente,
Que é do Sul que só a peste,
Lembrar também do Nordeste,
Refém da seca inclemente;
Cuidar da dor desta gente
Que é filha deste país!
Gente que estrebucha e diz
A caatinga preservada
E o catingueiro feliz!
Quero que a nossa saúde
Saia do dez, vá pro cem!
E que a educação também
Meta os pés, acorde e mude!
Quero ver uma atitude,
Qual decisão de juiz,
Pra que esta terra infeliz
Tenha, em vez de devastada,
A caatinga preservada
E o catingueiro feliz!
Quero escutar, da tribuna,
Dilma fazendo a defesa
Da rolinha, da burguesa,
Da jurema, da braúna,
Do sabiá, da graúna,
Dos pés de angico e de oitis.
Quero ouvir os juritis
Deixando a mata encantada,
A caatinga preservada
E o catingueiro feliz!
Quero paz pro juazeiro,
Caroá, mandacaru,
Xiquexique, pé de umbu,
Umburana e marmeleiro.
Quero ver, no tabuleiro,
Preá junto com perdiz,
Os maestros bem-ti-vis
Animando a passarada,
A caatinga preservada
E o catingueiro feliz!
Quero que este nosso anseio
Seja acatado em Brasília,
E a Agricultura em Família
Apoiada sem receio,
Pra que, ao fim, sem aperreio,
Em vez dessa “cicatriz”,
Se veja um sorriso-giz,
A tristeza derrotada,
O sertão dando risada,
A caatinga preservada
E o catingueiro feliz!
Dedé Monteiro
Serra Talhada, 27/04/2013
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