O VELHO VAQUEIRO
O VELHO VAQUEIRO
O Velho vaqueiro chora
Com saudades do passado.
Mesmo c’ um nó na garganta
Solta um aboio chorado
Num relembrado penoso
Lacrimeja o desditoso
No seu canto acabrunhado.
Mesmo c’ um nó na garganta
Solta um aboio chorado
Num relembrado penoso
Lacrimeja o desditoso
No seu canto acabrunhado.
Pita um cigarro de palha
E puxa pela memória
Buscando em cada pitada
Um pouco de sua história
Coloca e tira o chapéu
Olha pro chão e pro céu
Nas cenas da trajetória.
Buscando em cada pitada
Um pouco de sua história
Coloca e tira o chapéu
Olha pro chão e pro céu
Nas cenas da trajetória.
Hoje somente a saudade
Habita seu coração.
Pois morando na cidade
Vive de recordação,
E chora pela boiada
Que por ele era tocada
Nas quebradas do sertão.
Pois morando na cidade
Vive de recordação,
E chora pela boiada
Que por ele era tocada
Nas quebradas do sertão.
*
Texto de Dalinha Catunda
Foto retirada do site oficial de Ipueiras
DO BLOG JATÃO VAQUEIRO:
Mostrando sentimento
Minha querida Dalinha
Mostra o sofrimento
Do vaqueiro da terrinha
Que hoje mora na cidade
Vivendo a modernidade
Longe da vida que tinha
Não tem mais o terreiro
Não tem mais o terreiro
Cheio de galinha e pato
Não corre no tabuleiro
Atrás de boi no mato
Nem planta mais feijão
Pra comer com chambão
Que no sertão é bom prato
Fica a saudade do gado
Das vacas do curral
Do jumento encambitado
Chapéu de couro e bornal
Da novilha amarela
Que corria atrás dela
Dentro do mufumbal
Mais a vida continua
Fica a saudade do gado
Das vacas do curral
Do jumento encambitado
Chapéu de couro e bornal
Da novilha amarela
Que corria atrás dela
Dentro do mufumbal
Mais a vida continua
E o vaqueiro afamado
Olhando o claro da lua
Ainda lembra do passado
Quando tangia boiada
Dentro da mata fechada
Num cavalo bem arreado
Texto: Jatão Vaqueiro
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