Com a morte do gado, produção de leite diminui no interior do RN (Foto: Rafael Barbosa/G1)
A seca que perdura no interior do Rio Grande do Norte
está prejudicando outras áreas de produção, além da agricultura e
pecuária. Os produtores de leite sofrem com a mortandade das vacas, que
está diminuindo a quantidade da produção e gerando prejuízos. Neste
final de semana, uma equipe da Federação da Agricultura e Pecuária do
Rio Grande do Norte (Faern) realizou uma expedição a cinco municípios
das regiões Central, Oeste e Seridó do estado para constatar a gravidade
da situação.Antônio Arruda da Cunha, o 'Antônio da Volta', é lacticultor de Santana do Matos, cidade distante 191 quilômetros de Natal. Antônio da Volta contou ao G1 que, nos últimos três meses, a produção dele diminuiu em 2.500 litros por dia. “Eu tinha uma produção de 8.500 litros de leite por dia, agora estou produzindo 6.000 litros”, afirmou o lacticultor. Para Antônio, somente 10 anos de inverno regular poderiam ajudá-lo a recuperar as perdas. Ele relatou que, inicialmente, tentou vender parte do rebanho para aplicar o dinheiro em seu negócio, no entanto o montante não foi suficiente.
A seca que assola o interior do Rio Grande do Norte também está prejudicando a apicultura. O criador de abelhas Raimundo Torres da Silva ainda não conseguiu produzir mel neste ano. Boa parte da renda com a qual ele sobrevive é retirada da apicultura, mas a atividade foi inviabilizada por causa da seca.
A seca matou todos os cajueiros da propriedade de Raimundo, onde ele também cria vacas. “Eram vinte e um animais. Hoje, tenho só nove. O resto morreu sem água”, relatou. A estiagem também está causando prejuízo à produção de mel. Os cajueiros eram utilizados no processo produtivo, mas com a falta de chuvas, as árvores secaram e as abelhas foram embora da região.
DO G1
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