As doenças do mamoeiro exigem cuidados especiais do agricultor

O mamão é cultivado em quase todo o Brasil, com destaque para os estados da Bahia, Espírito Santo, Ceará e Rio Grande do Norte, responsáveis por cerca de noventa por cento da produção nacional. Mas a cultura enfrenta pragas e doenças que reduzem a qualidade externa e interna do fruto, prejudicando a comercialização para mercados mais exigentes e, principalmente, para a exportação. Com o  objetivo de estabelecer níveis de controle ecologicamente compatíveis com as exigências do mercado, a Embrapa Mandioca e Fruticultura desde 2007 faz o monitoramento e o controle de pragas e doenças do mamoeiro no extremo sul da Bahia. O monitoramento e  o controle são fundamentais para o sistema de Produção Integrada de Mamão, que gera frutas certificadas, visivelmente saudáveis e com menos produtos químicos, o que leva à preservação ambiental. As principais pragas monitoradas na região são o ácaro branco, o ácaro-rajado e a cochonilha. As doenças são podridão de Phytophthora, mancha de Corynespora e pinta preta, a mais danosa das três, que pode infectar tanto as folhas como os frutos. Elas podem acontecer em três fases: no viveiro de mudas, no campo e na  pós-colheita. Existem ainda as doenças de vírus mancha anelar e meleira, cujas plantas infectadas devem ser obrigatoriamente erradicadas e levadas a local seguro para descarte. As medidas de controle geralmente recomendadas baseiam-se em práticas caras, algumas delas potencialmente agressivas ao meio ambiente, como é o caso da aplicação de fungicidas. Com o monitoramento e o controle de pragas e doenças o resultado foi uma redução de até 53% no número de aplicações quando comparado ao sistema convencional.

da redação do Nordeste Rural