sexta-feira, 1 de julho de 2011

Na Bahia Ministério Público quer que vaqueiros desfilem sem os cavalos

VAQUEIRO SEM CAVALO, PODE UM NEGÓCIO DESSE ???
Um dos momentos mais tradicionais da manifestação popular no desfile de 2 de Julho, em Salvador, corre o risco de não acontecer este ano. Recomendação do Ministério Público do estado sugere que os 'Encourados de Pedrão', que representa a participação dos vaqueiros na guerra pela independência da Bahia, participem do desfile sem os cavalos. A solicitação foi impetrada no MP pela Associação de Proteção dos Animais da Bahia.

A entidade já moveu ações no MP envolvendo animais que eram usados em outras duas grandes manifestações do estado: o desfile do Bonfim e a lavagem do Garcia, que acontecem em Salvador. Segundo Ana Rita Tavares, do Movimento Humanitário Pró-Animal e da ONG Terra Verde Viva, a proibição pretendida por organizações que militam na causa se deve aos maus-tratos sofridos pelos animais. “O primeiro mau-trato é aquele que retira o animal do seu habitat natural para inseri-lo em um contexto de barulho, em que pessoas que se embriagam e jogam bebidas nos olhos dos animais, nas narinas. Eles sofrem demais”, comenta
História
A tradição dos ‘Encourados de Pedrão’ é a manifestação popular mais antiga do município Pedrão, que fica a 131 km de Salvador. Foi iniciada há mais de 180 anos, como parte das comemorações da independência da Bahia. O grupo é formado por 40 cavaleiros, que representa a participação dos vaqueiros na expulsão dos portugueses em 1823. Há quase dois séculos são eles que abrem o desfile de 2 de Julho, que sai da Lapinha e vai até o Campo Grande, em Salvador. Vestido a caráter, os vaqueiros completam todo o percurso montados a cavalo. “Vaqueiro tem que ter o cavalo. Se é a tradição do desfile dos encourados tem que ser usado”, opina a professora Angélica Souza.Erasmo Carvalho é um dos vaqueiros que desfila nas comemorações do 2 de Julho. Ele participa há 22 anos, afirma que discorda sobre a interferência e diz estar desanimado. “Não dá certo, não, acho que não tem como irmos. Eu já vi uns três ou quatro dizendo que não vão”, relata.O escritor José Galdino se junta à luta em poesia. “O que a Bahia consagrou, na luta pela independência, heróis e vencedores. Por essa terra eu amor, a minha terra é lembrada. Bahia, Brasil, Pedrão, o final da caminhada”.
FONTE: BLOG PARQUE LUIZ ALVES DOS SANTOS

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