Mapeamento indicará áreas vulneráveis a secas no Semiárido
Secas prolongadas têm ocorrido com maior frequência no semiárido brasileiro nas últimas duas décadas e levado à redução dos reservatórios e ao colapso de centenas de municípios do Nordeste.
A população rural, que representa 38% dos 23,8 milhões de habitantes da região semiárida, é a mais afetada pelos efeitos das secas, sobretudo os agricultores familiares, que compõem 89% dos estabelecimentos agropecuários.
"Neste trabalho foram adotadas as noções de exposição, capacidade adaptativa e sensibilidade", explica o pesquisador do CRN Guilherme Reis Pereira. "A exposição se refere à distribuição espacial e temporal de chuvas, ou seja, trata da intensidade da seca a que os agricultores estão expostos. A sensibilidade está relacionada à suscetibilidade do sistema socioeconômico aos eventos climáticos, como prejuízos e impactos. Já a capacidade adaptativa reflete a habilidade dos sistemas socioecológicos de fazer ajustes, se adequar e se recuperar de distúrbios ambientais."
O estudo mostra que a seca não afeta de forma homogênea os municípios do semiárido por causa da distribuição irregular das chuvas entre as microrregiões e, também, pela disponibilidade de reservatórios e existência das bacias hidrográficas.
Fonte: Ministério de Ciência e Tecnologia
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