O costume de consumir carne de caça não é exclusivo da região Nordeste. Em todo o Brasil, pessoas comem carnes de animais silvestres, como o tatu, mas não imaginam os riscos a que estão se submetendo. Em entrevista ao programa Tarde Nacional o assunto foi abordado pelo especialista em saúde pública e médico veterinário responsável pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama de Teresina, no Piauí, Fabiano Pessoa.
Segundo ele, pesquisas mostram que o tatu é reservatório de inúmeras doenças, entre elas hanseníase, leishmaniose e doença de Chagas. E o risco não está somente em comer a carne do animal, mas também nos atos de caçar ou criar o bicho. Recentemente, no Piauí, dezenas de pessoas contraíram micose pulmonar ao tentar capturar o tatu, tendo assim contato com o fungo presente no solo próximo à toca. Três pessoas morreram e duas pessoas estão na UTI em tratamento.
Répteis, como iguanas e jabutis, também merecem atenção: esses animais eliminam em suas fezes a bactéria salmonela, que em contato com humanos pode causar de uma diarreia até quadros graves cardíacos e neurológicos. Ele ainda derrubou o mito popular de que o jabuti cura a asma em crianças
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