sexta-feira, 20 de abril de 2012

LUAR DO SERTÃO

Esse encanto de beleza
Tão puro e tão natural
Quase não há outro igual
Nos quadros da natureza
Foi o que fez com certeza
Dar maior inspiração
A Catulo da Paixão
Dizer num verso erudito
Que não há luar bonito
Como o luar do sertão.

Passa o sol a ocultar
Seus raios no horizonte
Vai se envolvendo o monte
Com o manto crepuscular
Sendo noite de luar
Surge na imensidão
Um deslumbrante clarão
Com magnífica grandeza
De infinita beleza
É o luar do sertão.

Com seus raios prateados
Brilhando por sobre a terra
Por vale, campina e serra
Morros, colinas e prados
Rochedos iluminados
No inverno ou no verão
Deus aciona um botão
Para a linda luz brilhar
Que não há outro luar
Como o luar do sertão.

Com brilhos incandescentes
A lua ilumina os campos
As luzes dos pirilampos
Se tornam mais atraentes
Os reflexos reluzentes
Dos raios na amplidão
Tocam às folhas do chão
Pedras e mandacarus
E os belos focos de luz
São do luar do sertão.

Luares do litoral
Da praia e zona costeira
Agreste e zona brejeira
Do cerrado e pantanal
Das cidades em geral
Não brilham com perfeição
Devido a fumaça são
Cinzentos, amarelados
Não podem ser comparados
Com o luar do sertão.


Autor: Zé Bezerra

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