Romeiros do destino
Sou a casca da bala do fuzil de lampião
Uma conta do rosário em que rezou frei damião
Sou o barro que escorria pelas mãos de vitalino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Sou o pé de pau que deu o cajado a conselheiro
Palavra que patativa transformava em verso inteiro
Sou o eco do aboio no cantar de marcolino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Uma conta do rosário em que rezou frei damião
Sou o barro que escorria pelas mãos de vitalino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Sou o pé de pau que deu o cajado a conselheiro
Palavra que patativa transformava em verso inteiro
Sou o eco do aboio no cantar de marcolino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Sou da terra do vaqueiro, cantador
Violeiro, embolador, beatas e rezadeiras
Do arraial dos poetas sonhadores
Que enxergam os seus amores pra cantar uma canção
Do sertão em que a lua é mais bonita
Porque a gente acredita na grandeza do perdão
Onde todos são romeiros do destino
Têm coração de menino, nordestino, eu sou nação
Sou o fiapo da batina do padim ciço Romão
Poeira do pé-de-serra que pariu o gonzagão
Na poesia de aderaldo sou um verso clandestino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Sou a linha das rendeiras, sou a corda da viola
Sou águas do pajeú, sou fogueira, bandeirola,
Sou o som de u'a sanfona, sou um terreiro junino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Na poesia de aderaldo sou um verso clandestino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Sou a linha das rendeiras, sou a corda da viola
Sou águas do pajeú, sou fogueira, bandeirola,
Sou o som de u'a sanfona, sou um terreiro junino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
(Xico Bezerra)
Fonte: agroecologianews12.blogspot.com.br
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