Peço que me inspire agora
Pra mim falar de um assunto
Que convém a toda hora
É a feira de Umarizal
E do começo até o final
Vou dizer o que a mim aflora
Desde o tempo de criança
Desde o tempo de criança
Vejo nessa tradicional feira
De tudo que você pensar
E feito de toda maneira
Pra agradar o pessoal
Que vem para Umarizal
Comprar do caçoar a peneira
Tem nas bancas do lugar
Tem nas bancas do lugar
Farinha, rapadura e feijão
Mel de engenho e alfenim
Faca, foice e facão
Inchada, inchadeco e machado
E ainda tem o chocalho do gado
Que num falta na feira não
Pra fazer chá na feira tem
Pra fazer chá na feira tem
Chá preto, papaconha e canela
Endrio, erva doce e camomila
Que se ferve tudo numa panela
E se chama garrafada
Que cura desde unha encravada
Até pancada na costela
E pra carregar em jumento
Feito de couro tem os caçoar
Ancoretas de carregar água
Quando é seco nesse lugar
E para o burro da caroça
Carregar o legume da roça
Compro arreação pra botar
Tem na feira de Umarizal
A tradicional banca do café
Que vende o bolo de milho
E até guizado de guiné
Tem ainda a buchada de bode
Que quando come suja o bigode
Se você for um Mané
Na banca dos machantes
Você encotra tudo do barrão
Tocim, tripas e custela
Arrasto, mocotó e chambão
Pra fazer uma feijoada
Falta só orelhas pelada
E uns dois quilos de feijão
Não posso esquecer os potes
De botar água na cozinha
Que também é comprado na feira
E junto se compra a quartinha
Para o caboclo tomar água fria
Logo que amanhece o dia
E ele sai da camarinha
Fumo de rolo, lamparina e baladeira
Queijo de coalho, querozene e sabão
Um pacote de polvora e chumbo
Que de bate-bucha vai ser munição
Isso tudo você encontra na feira
Então não demore faça carreira
Va na feira comprar se tiver precisão
Sempre que eu posso vou
A feira livre de Umarizal
Tomar uma com tripa assada
La na banca de seu Juvenal
Adoro as coisas do sertão
Assim é o grande jatão
Gosto do meu natural
Texto: Jatão Vaqueiro
Endrio, erva doce e camomila
Que se ferve tudo numa panela
E se chama garrafada
Que cura desde unha encravada
Até pancada na costela
E pra carregar em jumento
Feito de couro tem os caçoar
Ancoretas de carregar água
Quando é seco nesse lugar
E para o burro da caroça
Carregar o legume da roça
Compro arreação pra botar
Tem na feira de Umarizal
A tradicional banca do café
Que vende o bolo de milho
E até guizado de guiné
Tem ainda a buchada de bode
Que quando come suja o bigode
Se você for um Mané
Na banca dos machantes
Você encotra tudo do barrão
Tocim, tripas e custela
Arrasto, mocotó e chambão
Pra fazer uma feijoada
Falta só orelhas pelada
E uns dois quilos de feijão
Não posso esquecer os potes
De botar água na cozinha
Que também é comprado na feira
E junto se compra a quartinha
Para o caboclo tomar água fria
Logo que amanhece o dia
E ele sai da camarinha
Fumo de rolo, lamparina e baladeira
Queijo de coalho, querozene e sabão
Um pacote de polvora e chumbo
Que de bate-bucha vai ser munição
Isso tudo você encontra na feira
Então não demore faça carreira
Va na feira comprar se tiver precisão
Sempre que eu posso vou
A feira livre de Umarizal
Tomar uma com tripa assada
La na banca de seu Juvenal
Adoro as coisas do sertão
Assim é o grande jatão
Gosto do meu natural
Texto: Jatão Vaqueiro
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