domingo, 13 de fevereiro de 2011

DALINHA CATUNDA

FILHA DO NORDESTE
Sou Dalinha, sou da lida.

Sou cria do meu Sertão.
Devota de São Francisco
E de Padre Cícero Romão.

Sou rês da Macambira,

Difícil de ir ao chão.
Sou o brotar das caatingas,
Quando cai chuva no chão.

Sou cacimba de água doce,

Jorrando em pleno verão.
Sou o sol quente do agreste.
Sou o luar do sertão.

Minha árvore é mandacaru.

Meu peixe, curimatã.
Macaxeira e tapioca,
É meu café da manhã.

Sou uma bichinha da peste,

Meu ídolo é Lampião.
Sou filha das Ipueiras.
Sou de forró e baião.

Sou rapadura docinha,

Mas mole eu não sou não.
Sou abelha que faz mel,
Sem esquecer o ferrão

NOTA: HOMENAGEM  A UMA GRANDE CORDÉLISTA
              DE IPUEIRAS NO CEARÁ. .JATÃO

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