Evanildes e o irmão coletam papelão em Coité
(Foto: Raimundo Mascarenhas/Calila Notícias)
“O que uma mãe não faria por um filho?”, questiona Evanildes Maria da Silveira, de 48 anos. Dedicada, iniciou há cinco anos um trabalho de coleta de papelão pelas ruas e empresas do município de Conceição do Coité, a 200 quilômetros de Salvador. Os materiais recolhidos são comercializados para reciclagem. O dinheiro obtido é usado para manter os estudos do filho, um jovem de 22 anos que cursa medicina na cidade de Aracaju, capital de Sergipe.Evanildes trabalha como merendeira em uma escola pública de Coité. Funcionária terceirizada, enfrenta constantes atrasos nos salários. Ela diz que já chegou a ficar seis meses sem remunerações. “Por conta disso, a dificuldade é maior. Com meu filho estudando, eu precisava me programar”, explica. Por meio do conselho de uma colega de trabalho, que já atuava em reciclagem, foi às ruas atrás de um complemento na renda. “Não é muita coisa, mas já é uma ajudinha”, conta sobre os esforços.
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