PRECISÃO EM CASA DE VAQUEIRO
JOÃO... Ô JOÃO!
FARTA ARRÔZ, FARTA FARINHA
FARTA BATATA E FEIJÃO
E VOÇÊ AI SENTADO HOMI
AGEITANDO ESSE GIBÃO
LÁ DENTRO DA COSINHA
ÁS PANELAS TÃO VAZIA
SE AVECHE HOMI DE DEUS
CADÊ O ARMOÇO DO DIA?
BOTE O PÉ NA ESTRADA
NAS VEREDAS DESSE SERTÃO
A FOME TÁ MUINTO BRABA
E MATA QUE NEM UM LEÃO
ACHE UMA SOLUÇÃO
PRA NOSSA FOME MATAR
SARVE A NOSSA FIA
QUE NÃO PARA DE CHORAR
PRUQUÊ PRA MODE VIVER
NESSE TRISTE SOFRIMENTO
É MIOR ARRIBAR DAQUI
E ACABAR ESSE TORMENTO
A CANTIGA DA CIGARRA
ANUNCIA TEMPOS RUINS
O VAQUEIRO OLHA A BARRA
MAIS NÃO CHOVE NESSES CONFINS
A MATA MUDOU DE COR
DE VERDE FICOU CINZENTA
SOFRENDO, CHORA COM DOR
O SERTÃO NÃO AGUENTA
JÁ FORAM EMBORA DAQUI
CUMPADRE ZÉ E MARIA
DEIXARAM A CASA DE TÁIPA
JUNTO COM TODA FAMIA
É TRISTE A VIDA DE VAQUEIRO
QUANDO NÃO CHOVE NO SERTÃO
O GADO MORRE DE SEDE
E A FAMIA PASSA PRECISÃO
MAIS DEUS DO CÉU ME ESCUTE
SÃO PEDRO TRAGA BENÇÃO
CUMPADRE EU VOU LHE DIZER
NESSA MINHA ORAÇÃO
ESSE ANO VAI CHOVER
AQUI NO NOSSO TORRÃO
CONFIANDO EM SÃO FRANCISCO
E PADRE CICERO ROMÃO.
LITERATURA DE CORDEL
AUTOR : ( JATÃO )
Que felicidade em saber q meu primo Jatão agora ta virando poeta de cordel. Belos poemas primo, belo blog, parabéns pela iniciativa. Que o Pai Celeste continue iluminando essa cabeça pensante e positiva para sair cada vez mais belos poemas dela...
ResponderExcluirum abraço do primo:
Luís de Ceição de Vanderlei (hehe)