A mineira nascida em Serra Azul (MG) de empregada doméstica conseguiu se tornar uma juíza estudando com livros que encontrava no lixo.
Filha mais velha e com 5 irmãos, Antônia trabalhou aos 12 anos em um canavial no interior de Minas Gerais. Adorava ler tudo o que encontrava pela frente. Segundo ela, no “acampamento” do canavial, acendia uma lamparina em uma cabana para ficar lendo até tarde da noite.
E, paralelamente a esse emprego, Antônia conseguiu se formar no ginásio e fazer magistério. Tudo isso até os 17 anos, quando foi para Belo Horizonte para ser empregada doméstica. Na capital mineira, Antônia dormiu oito meses em um ponto de ônibus, por não ter onde passar a noite.
Durante esse tempo, ela se inscreveu para um concurso de oficial de justiça no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Como não tinha dinheiro para comprar o material de estudos, Antônia pegava do lixo folhas borradas de um mimeógrafo que fazia apostilas de um cursinho preparatório.Ela ficou em terceiro lugar do concurso.
Depois dessa vitória, a então oficial de justiça foi estudar direito na Universidade e se tornou juíza.
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