segunda-feira, 29 de setembro de 2014

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Seca reduz produção e exportação
Carro-chefe da fruticultura no Rio Grande do Norte e responsável pela maior fatia de tudo que o Estado exporta em termos de frutas frescas, o melão produzido em solo potiguar – assim como as demais culturas irrigadas – está passando por maus bocados em decorrência da seca prolongada. Depois de três anos de chuva abaixo do normal no RN, os aquíferos nas regiões produtoras estão secando e a consequência é a redução de áreas plantadas e de produção. Os números já mostram um reflexo disso: comparando os primeiros semestres de 2013 e 2014, a exportação de melão caiu 15%, percentual que deve se manter até o final do ano. O desempenho é explicado pela seca, mas também pelo fato de o mercado doméstico, com preços favoráveis, ter absorvido mais produção.

Castanha de caju também sofre prejuízos no RN
Segundo produto da pauta de exportações do Rio Grande do Norte – vindo logo depois do melão –, a castanha de caju também está sendo prejudicada pela seca.

Embora o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDICE aponte um aumento no volume exportado (de 2.496.724 para 2.655.309 kg) na comparação dos oito primeiros meses de 2013 e 2014, produtores dizem estar enfrentando problemas.
Caso de Manoel Cristiano da Cunha, que faz parte de uma cooperativa de 56 produtores no município de Assu. Segundo ele, com a falta de água, 80% dos pomares da cooperativa morreram.

Na contramão do melão, exportação de mamão sobe
Enquanto a exportação de melão caiu, aconteceu o contrário com o mamão, produto bastante cultivado no litoral potiguar, que não sofre com o problema da seca. Segundo números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as vendas da fruta para o exterior aumentaram em 74,70% de 2013 para 2014, levando em consideração os oito primeiros meses.

A Caliman Agrícola, empresa que tem sua matriz no Espírito Santo mas que também atua no Rio Grande do Norte com duas fazendas, uma delas em Pureza, é a maior produtora/exportadora de mamão variedade Golden do mundo e tem contribuído para esse percentual.

O clima do RN garante a regularidade na produção durante o ano todo. “Por estarmos no litoral, temos água em abundância”, diz o gerente agrícola da Caliman, José Amaro Miranda. De acordo com ele, saem da fazenda de Pureza 700 mil kg de mamão/ano, que são vendidos para as Ceasas de todas as capitais do Nordeste, sendo que 30% de tudo é exportado para o mercado europeu.
http://tribunadonorte.com.br/

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