domingo, 3 de agosto de 2014

CORDEL

O Muito é da Minoria
Somos frutos do amor
Diz-se que a mãe deu a luz
Um presente de Jesus
O filho do criador
Mamãe assim me ensinou
Acho isso procedente
Mas veja, curiosamente
Meu Deus do céu, quem diria
O muito é da minoria
E pouco é de muito gente

Muita gente passa fome
Não sei por que acontece
Pois isso ninguém merece
Esta é a lei do homem
Uns se fartam, poucos comem
Acredito piamente
Falo isso consciente
Não é questão de geografia
O muito é da minoria
E pouco é de muita gente

José tem tudo na vida
Antônio já não tem nada
Joana foi segregada
Teresa tem dura lida
Maria foi esquecida
Pois vive danosamente
Neste mundo divergente
Isto é só uma analogia
O muito é da minoria
E pouco é muita gente

Tem quem nada em riqueza
Tem quem mergulha em desgraça
Tem o que mora na praça
Tem quem vive em realeza
O grosso vive em pobreza
A maioria indigente
E cada vez é crescente
Parece uma hemorragia
O muito é da minoria
E pouco é de muita gente

Mas eu tenho fé em Deus
Que isso vai se inverter
Acredite podes crer
Chegaremos aos apogeus
Nós seremos outros eu's
Todos viveremos bem
Um será mesmo que cem
E neste mundo fecundo
O muito é de todo mundo
E o pouco é de ninguém

Cecitonio Coelho, Rubenio Marcelo e Jorge Sales

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