terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A nova arma contra o bicudo-do-algodoeiro       
 
Um dos grandes desafios enfrentados atualmente pelos pesquisadores brasileiros da área agrícola é o desenvolvimento de pesquisas para a produção de algodão orgânico, ou seja, sem o uso de agrotóxicos. Por se tratar de uma cultura muito atacada por pragas, principalmente o bicudo, o plantio de algodão recebe muitas aplicações de produtos químicos. Para mudar essa realidade, a Embrapa Algodão desenvolveu um inseticida natural à base de caulim, um pó de rocha de cor branca, composto por silicato de alumínio, que vem sendo utilizado no combate ao bicudo-do-algodoeiro.
As pesquisas com caulim foram desenvolvidas para incentivar o cultivo orgânico agroecológico do algodão por pequenos produtores da região Nordeste que trabalham em regime de agricultura familiar. Com o uso do inseticida à base de caulim e de outras tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, como a catação dos botões florais danificados pelo inseto, os pequenos produtores chegam a vender o algodão orgânico por preço até três vezes maior que o tradicional.
O pesquisador Carlos Alberto Domingues da Silva, explica que o caulim deve ser diluído em água e depois pulverizado nas plantações afetadas. “Após a pulverização do caulim, a planta fica tingida de branco, tornando-se irreconhecível para o bicudo, além de atrapalhar a sua movimentação e alimentação, pois as partículas de caulim aderem ao corpo do inseto”. Ele recomenda que as aplicações de caulim devem ser realizadas sempre que 5% das plantas de algodão apresentar botões florais danificados pelo bicudo.
da redação do Nordeste Rural

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