A nova arma contra o bicudo-do-algodoeiro |
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Um
dos grandes desafios enfrentados atualmente pelos pesquisadores
brasileiros da área agrícola é o desenvolvimento de pesquisas para a
produção de algodão orgânico, ou seja, sem o uso de agrotóxicos. Por se
tratar de uma cultura muito atacada por pragas, principalmente o bicudo,
o plantio de algodão recebe muitas aplicações de produtos químicos.
Para mudar essa realidade, a Embrapa Algodão desenvolveu um inseticida
natural à base de caulim, um pó de rocha de cor branca, composto por
silicato de alumínio, que vem sendo utilizado no combate ao
bicudo-do-algodoeiro.
As
pesquisas com caulim foram desenvolvidas para incentivar o cultivo
orgânico agroecológico do algodão por pequenos produtores da região
Nordeste que trabalham em regime de agricultura familiar. Com o uso do
inseticida à base de caulim e de outras tecnologias desenvolvidas pela
Embrapa, como a catação dos botões florais danificados pelo inseto, os
pequenos produtores chegam a vender o algodão orgânico por preço até
três vezes maior que o tradicional.
O
pesquisador Carlos Alberto Domingues da Silva, explica que o caulim
deve ser diluído em água e depois pulverizado nas plantações afetadas.
“Após a pulverização do caulim, a planta fica tingida de branco,
tornando-se irreconhecível para o bicudo, além de atrapalhar a sua
movimentação e alimentação, pois as partículas de caulim aderem ao corpo
do inseto”. Ele recomenda que as aplicações de caulim devem ser
realizadas sempre que 5% das plantas de algodão apresentar botões
florais danificados pelo bicudo.
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da redação do Nordeste Rural |
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