terça-feira, 10 de junho de 2014

NOTÍCIAS

No semiárido, população deixa de combater a seca para conviver com ela
Dona Valdelice, produtora de hortaliças da cidade de Serrinha, 
na Bahia, ao lado de sua cisterna recém-construída
No semiárido nordestino, o trato da seca vem mudando ao longo dos últimos anos. Se antes a população combatia o fenômeno, agora se vê diante de uma nova proposta política: a convivência com a seca. Há oito anos, Aparecida dos Santos recebeu uma cisterna para armazenar água em sua residência. Até então, era preciso andar cerca de três quilômetros para buscar água para ela e os quatro filhos. Aos 39 anos, Aparecida lembra que a infância inteira foi assim na cidade de Ipirá, na Bahia, a cerca de 200 quilômetros de Salvador: "A gente ia buscar água de bode, como a gente chama. É água barrenta, que a gente tinha que filtrar e ferver. Mas esse era o jeito: pegar água com balde e voltar carregando na cabeça", diz ela.

A estratégia é difundida por dois programas que recebem apoio do governo federal e pretende fazer com que cada família consiga estocar a sua água durante o período de chuvas e manejá-la pelos meses de estiagem. Desde 2003, o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) vem distribuindo cisternas para as famílias do semiárido estocarem águas para consumo. A segunda grande meta é fazer com que os produtores consigam armazenar água para os animações e plantações, medida prevista no Programa Uma Terra Duas Águas (P1+2).
Acervo Asacom

Nenhum comentário:

Postar um comentário