quarta-feira, 14 de outubro de 2015

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Mapeamento indicará áreas vulneráveis a secas no Semiárido
O Centro Regional do Nordeste (CRN) do Instituto Nacional de Pesquisas Espacial (Inpe), em Natal, realiza um mapeamento da vulnerabilidade da população rural a fenômenos climáticos em aproximadamente 200 municípios da Paraíba, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. O índice é composto por 11 indicadores baseados em dados do IBGE e de agências estaduais de meteorologia, considerando aspectos sociais, econômicos, político-institucionais e climáticos. A iniciativa é derivada do projeto Construindo Nosso Mapa Municipal Visto do Espaço, do grupo de Geoprocessamento do CRN.

Secas prolongadas têm ocorrido com maior frequência no semiárido brasileiro nas últimas duas décadas e levado à redução dos reservatórios e ao colapso de centenas de municípios do Nordeste.

A população rural, que representa 38% dos 23,8 milhões de habitantes da região semiárida, é a mais afetada pelos efeitos das secas, sobretudo os agricultores familiares, que compõem 89% dos estabelecimentos agropecuários.
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Para o mapeamento, foi criado um índice de vulnerabilidade climática composto por 11 indicadores baseados em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de agências estaduais de meteorologia, considerando aspectos sociais, econômicos, político-institucionais e climáticos.

"Neste trabalho foram adotadas as noções de exposição, capacidade adaptativa e sensibilidade", explica o pesquisador do CRN Guilherme Reis Pereira. "A exposição se refere à distribuição espacial e temporal de chuvas, ou seja, trata da intensidade da seca a que os agricultores estão expostos. A sensibilidade está relacionada à suscetibilidade do sistema socioeconômico aos eventos climáticos, como prejuízos e impactos. Já a capacidade adaptativa reflete a habilidade dos sistemas socioecológicos de fazer ajustes, se adequar e se recuperar de distúrbios ambientais."

O estudo mostra que a seca não afeta de forma homogênea os municípios do semiárido por causa da distribuição irregular das chuvas entre as microrregiões e, também, pela disponibilidade de reservatórios e existência das bacias hidrográficas.

Fonte: Ministério de Ciência e Tecnologia

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