segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CORDEL

A POLÍTICA ACABOU, A FONTE SECOU.
Faço um questionamento
Se somos todos iguais
Não estranhe o posicionamento
É que vejo nos jornais.
Uns matando outros
Mostrando sua fúria
Bandido virando astros
Pobres na penúria.

Vejo em todo lugar
Gente de todo jeito
Pode parecer vulgar
Mas isso não aceito.
Uns com toda riqueza
Outros miseráveis
Estranho tanta pobreza
E políticos confiáveis.

As ruas cheias de pobres
Dormindo em todo lugar
Como deveria ser os nobres
Sem ter onde morar.
O pior e a fé que lhes ensina
Que um dia vai melhorar
Parece até uma rotina
Dar pra ver no pesar.

Tem curral por todo canto
Nas rezas e romarias
Tem sempre político pronto
Para cometer as heresias.
Esse país é uma benção
Todos pegam um pouco
Só do pobre é vazia a mão
Isso se não sobrar um troco.

Agora acabou as eleições
A fonte também secou
Ninguém tem informações
Aonde as verbas parou.
Aqui agora falta tudo
Desde a farinha e o pão
Foi embora os papudo
Aqui não pisa mais não.
Mais quatro anos de seca
Daquelas do meu sertão
Mas se puder apareça
Não deixe o povo na mão.

LÉO BARGOM OU NOËL SEMOG

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