segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

MAI QUI CARISTIA DANADA


Mai qui caristia danada
Tudo subiu di preço
Ninguém viu isso na ispranada
Parece inté que levam um terço
Todo político que vive lá
Pois ninguém oia pra nós
Tamo cumendo folha de juá
Oiando disconfiado pro avelóz


Cadê a tá de Dirma
Qui se dis presidenta
Anda dizendo mai num afirma
E nós é qui tudo aguenta
Cadê os tá de diputado
Qui anda pra lá e pra cá
Num oia pra nois coitado
Tamo inté parecendo coisa de cagá


Onde anda os tá de guvernador
Vive falando tudo qui é asnéra
Mai num sabe o qui nós sofre
Num sabe nem tampar tornera
Quando a chuva vem
Levo tudo qui é barraco
E eles num tá de vai e vem
Num tampa nem um buraco


Onde tá os tar de prefeito
Vive gastando tudo qui é da gente
Todo mundo sabi pra qui foi eleito
Mai num sobra um somente
Pra qui servi os tá de viriador
Todo mundo sabe qui ixiste
Mas só discubrimo o fedor
E inda se acha e inxiste


Ó dó da gota serena
Trabaiar de dia i de noite
Vivé cantono iguá siriema
Uvindo o chicote e açoite
Dos imposto qui corroi nosso dinhero
Ganhado suado igual burro
De janero a janero
Sem recramar sem fazer esturro
Num país de democracia
Qui uns tem tudo qui é primazia
E otros sofre igualim os burro.


LÉO BARGOM

Um comentário:

  1. Foi uma surpresa e uma hora muito grande lê meu quase cordê aqui nesse blog, obrigado por compartilhar meus textos, aguardo outras visitas, casa queira algo especial entre em contato, um grande abraço, Léo Bargom

    ResponderExcluir