sábado, 13 de outubro de 2012

O Político Antes e Depois da Eleição

Quando é tempo de eleição,
Ele está em todo lado,
Vai à rua, faz comício,
É facilmente encontrado,
Quando ganha, evapora-se,
E, logo, fica encantado.

Antes da eleição, sorrisos,
Abraço e aperto de mão,
Promete mundos e fundos,
Tem um grande coração,
Do pobre e necessitado,
E se diz a salvação.

Mas depois das eleições,
Foge léguas dos mais pobres,
Seu olhar é para os ricos,
Os poderosos e nobres,
Só pensa em falcatruas
E embolsar mais uns cobres.

Após a eleição, sumiço,
Não falam com mais ninguém,
Já tratam o eleitorado
Com desprezo e desdém,
São tão viris que até esquecem
A outra eleição que vem.

Antes da eleição, humildes,
Gente do povo, operários,
Acostumados com a luta
Por direitos e salários,
Para dar vez a seu povo,
Enfrentam os adversários.

Depois, a realidade:
Está faltando dinheiro,
Para eles nunca falta,
Seu aumento sai primeiro,
Para agir em causa própria,
Esse grupo é bem ligeiro.

Antes da eleição, visitas
Aos moradores da cidade,
Lugar onde há problemas,
E grandes necessidades,
Indicando soluções,
Mostrando capacidade.

Depois, jamais aparecem
Nos lugares visitados,
Fingindo esquecimento,
Mandam os subordinados,
Sabem que, se aparecerem,
Na certa, serão vaiados.

Na campanha, educados,
Com bons modos, sorridentes,
Cara de felicidade,
Mostrando todos os dentes,
Tentam passar para o povo
Que são pessoas decentes.

Eles falam em compromisso,
Mas antes da eleição,
Mostram plano de governo,
Projetos pro cidadão,
Visitam sítios e a cidade,
Com muita falação.

Antes da eleição, eu sei,
São honestos e decentes,
Capazes, idealistas,
Patriotas, coerentes,
Só depois, mostram a cara
E tiram o sono da gente.

Ah se o povo aprendesse
A votar corretamente,
Não dando nenhum poder
A quem engana nossa gente,
O nosso Brasil seria
Bem melhor e mais decente!
 
Fraguimentos do cordel de:
Carlos Alberto Fernandes da Silva

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