quinta-feira, 24 de novembro de 2011


Casas de farinha se modernizam

Mulheres sentadas em torno de pilhas de mandioca, raspando, velozmente, a raiz para o preparo da farinha. A cena que retrata o funcionamento das casas de farinhas ao longo do tempo será, em breve, alterada. Um projeto inovador visa a mecanização dessa fase da produção na Agroindústria Farinha dos Anjos, no Distrito de Cobé, em Vera Cruz, distante 37 quilômetros de Natal. O projeto está em fase de elaboração por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e consultoria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae). Na empresa, a raspagem é hoje a única fase ainda feita de forma artesanal.

A previsão, explica o proprietário, Jânio dos Anjos, é reduzir o desperdício da raiz em 95%. "Hoje há muita perda tanto na raspagem manual, que leva muito da parte branca (fécula), quanto em relação as mandiocas pequenas", afirma ele. Para as de pequeno porte, o empreendedor desenvolveu um rolo de raspagem que retira a maior parte da casca antes de seguir para retoque das raspadeiras.

A Casa de Farinha dos Anjos se destaca entre as 48 casas ativas na região pela tecnologia desenvolvida e empregada no processamento da fécula. O modelo de planta baixa de casas de farinha - aprovado e empregado pela a Subcoordenadoria de Vigilância Sanitária do Estado (Suvisa/RN), além de equipamentos desenvolvidos ali, como tanque de fibras de vidro, usado na lavagem, um modelo de prensagem da raiz, peneiras e um depósito de friagem de fibra de vidro são usados no processo de mecanização das casas de farinha. Das doze casas em fase de modernização no Estado, dez estão localizadas no município de Vera Cruz, que recebeu ontem a I Rodada de Negócios da Mandiocultura, realizada pelo Sebrae.

Fonte: Tribina do Norte.

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