domingo, 8 de maio de 2011

RESPEITO AOS NOSSOS VALORES
Francisco César Gonçalves é um sertanejo destemido e sensível. O cara cresceu no burburinho cultural brasileiro-nordestino, tornou-se um irreverente e talentoso cantor, encantou o mundo com suas canções e acabou na vida administrativa. Hoje, secretário de Cultura da Paraíba, Chico César mostra que, apesar das assinaturas e burocracia necessárias ao cargo que exerce, permanece um dom Quixote da cultura do Nordeste, sua terra, sua gente, seu valor.

Negro, de família humilde, sertaneja, fora dos padrões emburrecidos de “beleza”, Chico tem na palavra sua espada. E com ela vence batalhas, apesar de fazê-lo diante da impossibilidade de ferir um ou outro. Esses dias, o nome de Chico César voltou a provocar reações positivas e negativas, depois que o secretário declarou que grupos musicais que destoantes da tradição musical nordestina – as bandas de forró de plástico ou as duplas sertanejas – não serão contratados pelo Governo da Paraíba para a programação do São João local.

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