sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CAUSOS DE MUNGUENGUE

Acompanhado de uma belíssima loira, Aristides, um tremendo sete um de Munguengue, entrou numa joalheria na capital do Ceará e mandou que ela escolhesse a joia que quisesse, sem se preocupar com o preço. Examina daqui, experimenta uma, depois outra, ela finalmente decide por um colar de ouro com diamantes e rubis. Preço: R$ 8.000,00.

Aristides manda embrulhar, saca um talão de cheques e começa preencher. Assina, destaca e ao estendê-lo, percebe a fisionomia constrangida e preocupada do vendedor examinando o cheque. O cliente, então num gesto de gentileza, toma a iniciativa e diz:

--Oxente rapaz!! Vejo que você está pensando que o cheque pode não ter fundos. É natural, eu também desconfiaria, afinal, uma quantia tão grande. Tudo bem. Façamos o seguinte: Hoje é sexta-feira e o banco já fechou. Você fica com o cheque e com a joia. Na segunda-feira, você vai ao banco, pega o dinheiro e manda entregar a joia na casa dela em Munguengue, ok?

Cheio de mesuras e agradecimentos pela compreensão o vendedor encaminha o casal até a saída, desejando-lhes um bom fim de semana.

Na segunda-feira, o vendedor ligou para o cliente para dizer-lhe que, infelizmente, deve ter havido algum equívoco do banco, mas o cheque não tinha fundos. Ouviu, então, uma voz meio sonolenta:

--Sem problema. Pode rasgar o cheque. Já comi ela mesmo!

MEU SERTÃO SEU MOÇO!!

ALGUMAS IMAGENS DO MEU LUGAR



















CULINÁRIA NORDESTINA

Receita de Tempero Caseiro da Roça
Receita de Tempero Caseiro da Roça - Receitas Culinárias
INGREDIENTES DA RECEITA
2 cebolas grandes picadas
4 colheres de alho triturado ou 6 dentes de alho descascado
1 maço de cheiro verde – salsa e cebolinha
1 pimentão vermelho sem sementes
1 colher de chá rasa de sal

Modo de preparar
Bata todos os ingredientes para que virem uma pasta bem homogeneizada.
Use no preparo comum das receitas salgadas.
A duração deste tempero é de 3 meses na sua geladeira. basta guardá-lo num vidro bem esterilizado e não colocar utensílios usados.

- Use o tempero caseiro em tudo que você usaria o tempero pronto.
- Refogados: use ele diretamente sobre o que você for refogar… não precisa fritar antes.
- Tempero de salada: junte o tempero caseiro numa mistura de azeite ou de iogurte, sal e espalhe sobre sua salada para obter um sabor diferenciado.
Caldos e sopas: junte os vegetais na panela e adicione o tempero caseiro diretamente sobre eles. não é necessário refogar antes.

MEU SERTÃO, TERRA DA GENTE!!

Sou a cara do Nordeste...
Sou poeta e sou matuto
Sou matuto e sou vaqueiro
Sou também bicho do mato
Camponês e violeiro
Brocoió e aboiador
Sou o nordeste doutor
Sou cidadão brasileiro

Sou Chico, Manoel e João
Sebastião e Canindé
Sou Noca Primo de Dão
Meu apelido é Dedé
Sou a cara do Nordeste
Matuto, cabra da peste
Meu nome também é Zé

Sou Maria lavadeira
Sou Chica de Mané fulô
Sou Francisco de Tereza
Ana de Manoel Totô
Que anda pra estudar
Duas léguas, mais vai lá
E aprende com muito amor

Sou Bastião de Ritinha
Pessoa nobre gentil
Sou facão de corta cana
De um povo que vale mil
Sou enxada de matuto
Que corta meu sertão bruto
Pra viver nesse Brasil

Sou a cara da senhora
Com a cara do passado
Que viu a fome devorando
Devorando o seu roçado
E maltratando a criança
E seu pai sem esperança
De esperar ficou cansado

Sou a cara desse povo 
Que quer vida, meu irmão
Que quer um taco de terra
Que quer um taco de pão
Que quer uma mão amiga
Não um coice na barriga
Em época de eleição

Sou isso tudo meu povo
Sou sertão de lado a lado
Eu sou inverno fartoso
Sou um rio nado a nado
Sou vida de camponês
Sou vaqueiro chamando a rês
Sou essa vida de gado

Sou um prato de canjica
Sou fogueira de São João
Sou casca de macambira
Sou bico de gavião
Sou o cantar do peru
Fazendo, gulu gugu
Passando as asas no chão 

Sou a cara da pobreza
Sou o sonho da criança
Sou a poesia caduca
Que numa rede balança
Sou um povo varonil
Que mora nesse Brasil
E vive de esperança
(Lalauzinho de Lalau)